Imensidão do imaginário

A face que diluiu minha dúvida

Desfez a ilusão e deu lugar a uma canção.

No espaço do teu luar

Corro para não ver as trovoadas

Dos momentos que ficaram para trás

No recanto do olhar

Estremecendo os calafrios

Sofridos pelo corpo suado

Após acelerar as passadas

Que o trajeto impôs.

Dissipa-se a lágrima

Como areia no deserto

Engolindo meros pingos de água

Ao cair das nuvens

Se desfazendo rapidamente

Pela escassez do lugar.

Surra de ânsia

Na pequena espera do tempo

Que ofega a sustentação da cabeça

No orvalho da emoção aguada.

Faminto de sentimento

Não devoro qualquer alimento

Minha dieta foi selecionada

Conduzida por mão leve

No tocante do sabor

Estreito a garganta

Para descer bem devagar,

Pois não sei

Quando outra vez

Poderei degustar a comida especial

Saciado a percorrer na imensidão do imaginário.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 18/12/2008
Código do texto: T1342767
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