Do que são feitos os poetas.

Escondi num abrigo.

Protegi como parte de mim,

que é,

como meu umbigo.

Assoprei bem de leve,

dei oxigênio,

sonhei,

fortaleci o instinto.

Vieram ventos fortes,

vento da doença,

ilusão,

desespero e privação.

Mas, mantive-me firme,

confundindo objeto e causador da ação.

Quando vi tudo junto,

pensei ser o mundo do elemento fogo,

dei-me conta de que tudo está unido,

e, que todos os outros são precisos.

Vi bruxuleando a luz no infinito.

Luz e escuridão.

Fiz uma cabana com a minha mão.

Eis-te idílio!

Guardado, acolhido.

Motor do meu coração.

Ana Claudia Laforga
Enviado por Ana Claudia Laforga em 20/01/2009
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