Passagem

Passagem

Sou viajante de pernoite

Não me posso fixar

Inda mesmo que o queira

Isso não se pode dar.

Já que falo de momentos

Que não mais retornarão

Prosseguinte história vivo

Amparando os pés ao chão

Os instantes percebidos

Nos quais temos que viver

São por poucos recebidos

Como deveriam se ser

Creio logo pois contudo

(e apesar da esperança)

Que por longe que se chegue

O que ficam são lembranças.

Sejam boas ou nem tanto

Ou que mal venham a ser

Conhecimento é que conta

E o que se pode aprender

Pois num mais pronto futuro

Quando possamos faltar

Nossas ações se reflitam

Pelos que vão estar lá.

Lindo Holanda

06/09