SENTI...

Senti...

Como se todos os sentimentos houvesse me tocado

Como um impreciso e leve abanar de um vento,

Ao escorregar por entre o vão do espaço de meu peito.

Se eu pudesse agarrá-los e separá-los de tal ao meu jeito...

E desencadeia-se conforte ao pensar,

Talvez eu entendesse!

E como o sol repudiado pelo dia ao fim da tarde

Que sede seu espaço a noite para que esta colha o frio da madrugada

No oposto destes, talvez eu encontrasse a solução.

Mas o próprio céu é indeciso como o cinza que se toma por todo ele

Trazendo por inteiro a escuridão, que nem mesmo o dia e nem à noite

É capaz de deter.

O vento sopra a essa direção, carregando um mar de nuvens...

Então de repente como o começo perto do fim,

Chove,

Uma chova derradeira de águas leve e fria,

Suas gotas parecem tocar-me na alma.

Seria esta a chuva,

O sentir de agora apouco?

Todo vez que chove, esta chuva me faz chorar,

Talvez, não sei...

Às vezes eu queria ser essa chuva,

Assim eu poderia tocar as pessoas e sentir seus sentimentos,

Quem sabe poder me conectar em seus corações.

E como a chuva que conecta a nuvem com a terra

E o crepúsculo que une o dia e a noite

Talvez eu pudesse junto ao sentimento

Ser um pouco de cada um,

Talvez então eu as entenderia

E compreenderia o amor ou a dor

A que lhes remetem a viver.

SÉRGIO CARVALHO
Enviado por SÉRGIO CARVALHO em 18/11/2009
Código do texto: T1929580