DESABAFO

Por que sentimos a vida como se fosse escapar a qualquer instante?

Por que amamos e rimos e choramos e mentimos e confessamos

todos os dias e todas as noites e todas as horas

sempre e sempre e sempre

reclamando, sussurrando, silenciando...

Por que sentimos a vida como se fosse não nossa, mas de outro?

E corremos os riscos e não tememos os erros e avançamos no estreito

como se nada e ninguém pudessem parar ou diminuir a marcha e a vontade?

É assim mesmo, dirão alguns!

Não é nada disso, dirão outros!

Mas o poeta pergunta uma vez mais:

Por que tomamos a vida como uma corrida frenética

se sabemos que não há prêmios ou troféus ao final?

O que há não sabemos!

Por que respiramos cada pedacinho de tempo

e não lemos

e não vemos

e não reconhecemos

e não criamos

e não entendemos

o nosso próprio ser!

CAMPISTA CABRAL
Enviado por CAMPISTA CABRAL em 18/11/2009
Código do texto: T1931193
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.