ALMA DE OPALA

Não sei se vivo numa brisa
com a leveza das fumaças
ou se rolo feito um seixo -
pedra de corte e de raça.


Alma de Opala, clara e lisa,
a carregar os meus milênios,
silenciosos e tão verdadeiros,
quisera o saber dalguns gênios.


Senhor, entanto eu não me queixo,
 que a solidão sobre os ombros
me rouba o encanto e o oxigênio,

causando melancolia e assombro.

Então, somente em débil protesto
(bem comum em muitos humanos)

é que, em desencanto, me atrevo 
e Vos pergunto, feito o Jó insano:

- Meu Deus, Meu Senhor, até quando?!!


***
Silvia Regina Costa Lima
28 de novembro de 2009



 
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 15/01/2010
Reeditado em 28/09/2021
Código do texto: T2030879
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