Vida Nô Davi...
Entre vislumbres tão coincidentes.
Eu te vi, timidez quase estridente.
E o grito que rangia meus dentes,
Era eu, eras tu, era a gente.
Sorrateira, dei-te após meu sorriso,
Tal convite, que parecera um aviso,
Pôs em mim, algo de que preciso.
Era eu, eras tu, paraíso.
No silêncio teve sim mais encanto,
Entre as falas não ditas de espanto.
Por talvez terem em si, tanto, tanto.
Era eu, eras tu, acalanto.
E o medo, louco pierrot disfarçado!
Pôs-se a rir, duvidou de meu estado.
Pois quando o vi, Davi. Foi pensado:
“Era eu, eras tu, ao meu lado.”