POEMA BOBO

Um pássaro-equilibrista

-muito louco-

num vai e volta sem fim

apaixona-se por uma flor.

-O poeta delira!

-diz constrangida a razão-

o pássaro, da flor,

retira o néctar somente.

-Assim mesmo...

-Arremata o sentimento-

o bichinho fascinado

parece ser a presa.

Às vezes coincide

coisas de gente com bicho...

coisas de bicho com gente.

Ana Másala
Enviado por Ana Másala em 05/09/2006
Reeditado em 07/09/2006
Código do texto: T233555