POEMA BOBO
Um pássaro-equilibrista
-muito louco-
num vai e volta sem fim
apaixona-se por uma flor.
-O poeta delira!
-diz constrangida a razão-
o pássaro, da flor,
retira o néctar somente.
-Assim mesmo...
-Arremata o sentimento-
o bichinho fascinado
parece ser a presa.
Às vezes coincide
coisas de gente com bicho...
coisas de bicho com gente.