PENSAMENTOS DE UM SEDENTO - 11 versos JI

De: ICOPERE - I. Coimbra "O Peregrino" -Luzirmil

Vim de uma terra seca, onde sede eu passei

Em minha jornada longa, muitas noites caminhei,

Sem ter um destino certo, à beira de um rio cheguei!

Ao ver a água corrente, como seu veloz movimento,

Fiquei a admirar, aquele acontecimento,

Comparei a minha vida, e seus vários adventos!

A água e minha vida, tinham relatividade,

A primeira dava o meio, pra minha continuidade,

A segunda era o sentido, daquela realidade!

A beira daquele rio, fiquei até o raiar do dia,

Ouvindo o ruído branco, numa queda que havia,

Onde as pedras aparavam, a água que ali caia!

No pensar de um peregrino, que muita sede passou,

Onde outros semelhantes, secura também provou,

A visão daquele rio, foi um sonho que alegrou!

Em suas margens havia, árvores e flores amarelas,

Os coloridos das plantas, formavam uma aquarela,

Com sapos a coaxar, numa festança mais bela!

Eu voltava o pensamento, à terra onde eu habitara,

Lá também tinha um rio, antes com água clara,

Mas veio a implacável seca, só ficou a areia rara!

Ali, à beira do rio, eu sentia a natureza,

Tudo tinha muita vida, e real era a beleza,

Pena que meus pensamentos, tinha uma certa pobreza!

Isto por que eu não via, uma real ressonância

Entre aquele grande rio, e a terra de minha infância,

Onde a seca transformou, em deserto na constância!

Mas fiquei resignado, quando para o alto olhei,

Vi que no céu azul, habitava um grande rei,

Que rege nossa existência, com a Sua eterna lei!

Ele tem toda a ciência, do mundo e seu movimento,

Faz os rios correr na terra, e também seca o tempo,

Tudo tem de Deus o aval, para haver um complemento!

Luzirmil
Enviado por Luzirmil em 23/06/2010
Reeditado em 10/10/2010
Código do texto: T2336087
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