Bolsos vazios

Quanto vale o seu sorriso,

Que pago por cada grama,

Esse abraço na verde grama,

Quente cama.

Fico de ressaca,

Quando provo doses da sua lágrima,

Algumas toneladas,

Que me pesa, das unhas que me machuca inexistentes marcas

Domingo praia, da ilha que te lembra,

Cheiros de pipocas assim eram as salas de cinemas,

Um som bem baixo,

Uma outra peça de teatro,

Fechado e quente,

Assim eram os shoppings centers.

Colorida roupa, transparente vitrine,

O perfume comprado na loja na peça de vime.

Nesse mundo capitalista,

Meu bolso comunista,

Há muito anda anda no vermelho,

Um amor, um carinho, não há dinheiro que compre até porque não tem preço.

Há quem acredite que o dinheiro compre tudo,

Mensagens ao vivo, declarações em out doors,palavras belas pintadas no muro.

Acabou-se a doçura,

Assassinaram a candura,

O poder de quem pode dos “bons partidos” um interresse tão vil,

Hoje em dia é bem difícil ser amado de bolsos vazios.

Edilson Alencar
Enviado por Edilson Alencar em 28/06/2010
Código do texto: T2346310
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