CHEGOU A HORA DE IR EMBORA

Jogar fora a brilhantina Glostora.

Fazer de conta que o bilhete ninguém leu.

Correr dos sonhos de outrora.

Pular os muros, catar o visto no passaporte ateu.

E correr muito em busca dos nadas em tudo.

Satifazer-se em potes de futuros sem alças.

E as calças...ah! as calças estão mijadas de medo.

Em cada esquina do tempo tem um banheiro fechado.

Em todas as retas têm paralelas que não se entendem.

Impossível juntar o ontem e o amanhã.

Indescritível o olhar do presente sendo passado pra trás.

Abominável essa história de viver nestes tempos.

Incontrolavel esse riso de quem sabe das coisas.

Intocável esse ar de ironia que polui o poema.

Chegou a hora de ir embora.

Ficar, só vai piorar o entendimento.

Até mais, então!

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 06/07/2010
Código do texto: T2362579
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