Busco o sol,
Pois sei que sempre que os raios de luz
Atravessam as paredes das manhas
Meu espírito vadio renova-se
Como que guiado pelas mãos das flores
Abrindo em mim uma vontade de cantar
Como se eu fosse um passarinho urbano e habitual
A encher o vazio das almas, sem que ninguém perceba
Sou assim, fútil, incerto e renovável como a vida
Deixo-me levar pelos ventos cambiantes da realidade
Altero meu plano de vôo a cada segundo
Porque na verdade não tenho plano algum
Minha alma é uma borboleta
Recém saída do véu das incertezas
Dançando sobre as planícies de vidro
Que refletem minha vontade descontrolada de amar
Para mim não há destinos nem rotas
Caminho pelas sensações do dia que me batem no rosto
Formando os torvelinhos no mar do coração
Inabitado de olhos.
               
Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 28/08/2010
Reeditado em 28/08/2010
Código do texto: T2464127
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.