No romper da aurora fria,
Gradualmente o cálice se enche e se esvazia,
Embriagando o sangue, alucina,
Perdendo-se do que se aproxima.
 
Ignorada semente germina,
Nem sempre o que se começa, termina.
Rochas se movem, descem a colina,
Enterram os pecados da doce menina.
 
Face à luz, ofusca visão,
Do que não se vê, não há medo ou confusão,
Mas, à alma traz gemido e lamentação,
Admirável frágil vida em conjunção.
 
Dissipa-se a inocência de criança,
Ressurge na essência brotos de esperança,
Rosa dos ventos sempre em mudança,
Delineado cíclicos de nossa herança.
 
Conjecturam-se renovados axiomas, dia após dia,
Fazendo o saber se calar a cada alvorada.
Na existência,  a querência e a ousadia,
Do ser e se conhecer, precisa ser esmerada.
 
Energia propulsora aflorada,
Busca-se o que nem sempre esta manifestada,
Ciclos que em ciclos fica chancelada,
No espírito de nossa escalada.

Susely
Enviado por Susely em 16/10/2010
Reeditado em 16/10/2010
Código do texto: T2559637
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