BRADO

É meu este meu corpo

e de mais ninguém

São minhas todas as dores,

espasmos

e palavras contidas dentro dele

Da extremidade de meus pêlos

aos recantos mais longínquos de minh'alma,

tudo me pertence

Todas as guerras e processos de paz

que aqui, coexistem,

estão sob permanente tutela do meu ser

E sob minhas paredes revestidas de silêncio,

construo eu o altar que bem entender

Permitindo-me assim blasfemar ou idolatrar

meus próprios deuses

Marcelo Roque
Enviado por Marcelo Roque em 17/10/2010
Reeditado em 23/08/2011
Código do texto: T2562369