Maneiras polidas de rejeição

Pequena fábrica de sonhos,

onde coroas incustradas de tão belas pedras,

são tua produção.

Não te parece que te alimentas de minha própria solidão?

Hoje,

vacilo de meus próprios cuidados ou mergulho em introspecção?

A proximidade da vaidade demonstra um sinal.

Esse meu bem estar, custa-me caro.

Agora, sou alucinada por mim mesma.

Olhares curiosos tentam furtar meu maior bem.

Não permito, nem me comovo.

Maneiras polidas de rejeição,

tiram-me para dançar, ou,

tiram-me da própria dança?

Testo, à força,

meu poder sobre qualquer pessoa.

O afeto nunca é cobrado, meu caro,

mas posso dizer,

na sinceridade seca de meu ser,

que é provado.

Ana Claudia Laforga
Enviado por Ana Claudia Laforga em 08/11/2006
Reeditado em 11/07/2007
Código do texto: T285298