A madrugada!

Uma madrugada, tudo quieto,

Impera a treva.

A solidão escuto,

vislumbro véus de crepe no horizonte da Natureza amarfanhada em luto.

Um pássaro noturno, depenado,

pousa num galho já se despencando

de uma roseira que nao dá mais rosas ou, se elas nascem,

nascem já murchando.

E, do relógio branco da parede, as setas apontadas para mim,

afirmam que esta miserável noite

parou no tempo e nunca terá fim.

Lobo solitário
Enviado por Lobo solitário em 10/11/2006
Reeditado em 10/09/2011
Código do texto: T287893
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