Papel: túmulo do desejo

Se é difícil teorizar desejos,

colocá-los no papel, tal qual o são, é mais difícil ainda.

Escrito o desejo se torna frio e pálido, perde o seu impulso avassalador, perde a espontaneidade, o vigor que o caracteriza,

deixa de ser desejo.

Desejos não foram feitos para o papel,

foram feitos para a carne.