Um Real não Existir
Não sou o que sempre imaginei ser
Ou até mesmo crer
E as vezes penso que nunca fui algo
E que continuo sendo um nada
Um nada mascarado em tudo que sonhou ser um dia
Um romântico humano à moda shakespeariana
Um poeta conhecedor de todos os amores e desamores
Que também se diz ser um sentimentalista irracional
De carinhos eternos e de coração enorme
Do qual nada disso existe ou existiu
DO que se não em minha patética e imaginativa mentalidade
Mentalidade que ainda se recusa aceitar sua inferioridade
Mas que de repente todo esse pensamento
Se sente ameaçado por um mulher
Que diz ter encontrado em mim, tudo que sempre quis
Um enorme Poeta Romântico
De sentimentos amorosos e desamorosos
Dono de carinhos e coração apaixonados
Devo então de fato acreditar no que sempre acreditei ser,
E sonhei, e ver nas palavras daquela mulher
A reafirmação por mim tão esperada?
Ou aceitar isso como sendo apenas
Um apoio moral para uma baixa alto estima?
Já não sei no que crer
Mas uma fagulha sentimentalista que há em mim
Crê nessa mulher, a mulher por quem apaixonei
E que faz em mim existir em tamanha realidade
Tudo aquilo que ela sempre quis...