UM LUGAR CHAMADO PAÍS
Romper a simetria
Tudo é cálculo, matemático, quadrado
Branco, transparente, ariano.
Filme de ficção preso no espaço
Um reflexo amarelo e verde,
um metal ao meio.
Traços de um corpo, imagem irreal.
Nada em minha vida responde ao mar concêntrico.
Tudo gira em torno da busca
De um em cima e outro baixo, perfeito.
Nada falha.
Há um ponto no umbigo, uma mancha de sangue.
Queria um círculo
Queria uma camiseta do meu time.
O velho é novo e velho
Não há mudanças, não há vida atrás do mar.
Montanhas fétidas do andar de saltos,
mulheres mortas de graça
no espaço de suas ilusões.
No olhar deixo a realidade incrustada em minha alma.
Quero salvar o grilo
Quero comer a beleza de minha terra.
Existe um espaço
esta entre a falha e o abismo
dentro do nó em minha garganta
dentro da simetria.
O que era já não será
É igual a tudo
Imperfeito.