Licença Poética
Sou as asas de uma alma que tenho,
a pena pra escrever versos de amor
das púrpuras tardes de onde venho,
não me contenho na alegria e na dor.
Não me imponhas a poesia tua,
o céu é diferente para cada um,
se cantas o sol e eu a luz da lua,
todo poeta tem a alma incomum!
Não me importa o satisfeito olhar,
quero levar a poesia ao coração,
de quem a ternura vier buscar,
no desenhar simplista da minha mão.
Quem dera fosse assim toda a poética,
brotada toda do singular sentimento,
o riso, o beijo não teriam que ter ética
não teria graça a poesia sem fingimento
Malgaxe