Sem hora
Escrever não dói
Mesmo quando a alma corroi
Percalço, descalço
Frenéticos, sem nexo
No preto, o branco
Seleção, sem o gol
Palavras, coitadas
Sem rumo, sem nada
Formando multidões, em folhas A4
São várias as formas, silhuetas tamanhas
Nem dia, nem ano, nem estação, nem sabor
Escrevo sem hora
Mas só se for agora