Pedido a uma donzela

Cansam-me os sermões

desses que pensam tudo saber,

dizem que mais vale morrer do que assim viver.

Óh, se não sei viver, não me vale morrer

sem antes gozar dos amores e da inocência

que fazem as crenças infames, tristonhas...

Pensei ter amado uma bela donzela

mas foi outro que à amarrou.

Fiz tanto gosto em levar-lhe a capela

mas foi a própria que recusou.

De meus desejos, poucos foram certos

a maioria com o tempo murchou,

feito as flores em minha janela

que acabam por não conhecer o amor.

Se vou morrer, que seja apaixonado,

se for viver, que seja por paixão,

acaso é este o caminho que trilhaste?

Informe-me direito a direção!

Se agora as décadas rápido passaram

minha aparência, sofreu a mutação

de uma vida sem felicidade, no precipicio da desilusão

Óh, se não sei viver, não me vale morrer

sem antes gozar dos amores e da inocência

que fazem as crenças infames, tristonhas...

Se fazem nas fronhas, as pazes, os amantes

eu brigo na rua se for o lugar,

não cabe em minh́alma o prazer das frescuras

sou um bom amante, mas sem paciência.

Se nunca sofri com as perdas vividas

talvez tenha sido pode não saber amar!

Peço-lhe então que me ensine em vida

os sinceros prazeres em se apaixonar

O tempo não diz respeito a cabeça

sou prova legitima do que estou a falar

se for morrer, morro apaixonado,

se for viver, que seja para amar!

Nika
Enviado por Nika em 19/12/2006
Código do texto: T322620