Fugaz, sem medida, sem registro na mente
Uma partícula do algoz e conhecido tempo
Compositor e maestro das sinfonias das vidas
Permanência intemporal, mas com paradigmas
Se sua soma é um passar interminável de horas
Sua ausência é a certeza da nefasta morte
É o vento que traz lufadas de seus quadrantes
É a brisa que acaricia as pétalas das flores
E a chuva grossa ou miúda que possui a terra
É o Sol no amanhecer que se espreguiça
É a sombra no crepúsculo que arrefece o quente
É um bando de gaivotas que sobrevoa as águas
É o Corpo perene em seu embotamento afetivo
É a Mente que se turva em seu discernimento
É a Alma em busca da ascensão e iluminação
É a prece que o Espírito nobre glorifica
É inócuo, é nocivo, apenas um instante.

verita
Enviado por verita em 09/10/2011
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