Perdas
Há perdas não sentidas,
Perdas sem sentido,
Dos sentidos...
Perdas ao acaso,
Perdas ocasionadas...
Lágrimas:
com lágrimas,
por lágrimas
ou sem alguma.
Perdas...
De objetos banais,
sonhos irreais,
batalhas épicas
ou lutas triviais,
Jogos valiosos,
impiedosos.
Há tantas perdas quanto ser pode contar
Mas uma delas imensurável,
Peder o SER.
Cotiano compassado,
minuto, minuto, mais um
um dia, semana... lá se vão anos!
A perda de si mesmo é sempre silenciosa.
É aquela que nós sufocamos murmúrios
com um pano embebecido de formol,
Invocando a cegueira concreta que avista anos luz para não olhar para si...
Porque o sofrimento real nunca é belo,
E o sorriso é solicitado pela sociedade da felicidade a qualquer custo.
Ilário, não existe ninguém são que seja feliz o tempo todo.