SINFONIA FINAL

Não vejo mais o sol ao leste alvorecer

Não sinto mais o vento da primavera soprar

Só se pode ver o sol ao oeste morrer

Somente o vento gélido do inverno a bailar

Aqui estou eu no topo do fundo

Caminhando parado na multidão

Ao redor tudo que passa é imundo

Exalando sujeira e podridão

Trilhos quebrados, estradas esquecidas

Nada me fita os olhos com atenção

Meu caminho, rebaixado a trilhas

Espelho embaçado, cadáver sem caixão

Você esta dançando também amigo

Esta sendo levado pelas ondas pesadas

Sufocado pelo dilema, do novo e antigo

Apenas pairando com asas cansadas

Abra seus olhos é fácil de ver

Uma ventania de novas palavras

Feche seus olhos é fácil esquecer

As antigas verdades amargas

Os pássaros não voarão mais

As arvores florescem sem cor

Os homens não encontrarão paz

Não recordam mais do amor

Acredite e mim você dança também

Caindo sem sentir a morte chegar

Nesse ritual obscuro sem amém

Você se vai sem sentir o tempo passar

Os anjos caindo estão dançando

Em seu sangue você esta se afogando

Eles te chamam sempre cantando

Seus olhos estão sempre sangrando

Se encare no espelho da verdade

Enfrente seu acusador matinal

Agora o passado trás a saudade

Pois esta chegando à era final

Moral perdida em um mundo partido

O normal é anormal, o certo é banal

Deus e amor, tudo deixado, tudo esquecido

Você dança também amigo, na sinfonia final...

(Tiago André Brêta Izidoro)

Zero
Enviado por Zero em 19/10/2011
Código do texto: T3285913
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