Sobre meninos e homens

O menino, corre, ri, grita, parece estar em “transe”,

meio desajeitado, meio fora de rumo, mas ainda há um brilho no olhar.

Quem é este menino?

que um dia cresce, vê e “toca” o mundo como uma grande alto estrada.

Estradas , encruzilhadas, interligadas para um rumo onde ninguém pode chegar.

Um homem. Agora ele caminha, ele pensa, ele suspira, ele chora.

Sentado naquele bar, daquela rua fria e vazia, olha pra um nada,

nenhuma sombra de sorriso, a neblina baixa, um vento estático.

Seria um fantasma, se não bebesse demasiadamente seu melhor vinho.

Tudo que o vinho precisa é de uma vítima, fria, calculista, e sem sono.

Quando meninos um sonho, quando homens um pesadelo....

quando meninos tragédias criadas, quando homens desilusões forçadas.

Se meninos correm, já homens fogem,

Quando meninos espelho d’água, homens , uma cara embriaga frente ao espelho.

Se vivos meros sobreviventes, mas quando mortos, um belo túmulo de mármore.

Jaqueline Pereira
Enviado por Jaqueline Pereira em 10/01/2007
Reeditado em 10/04/2012
Código do texto: T342041
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