O Vento, a Rosa e o Meu Destino

O meu destino é uma arma

Que descansa sobre a mesa de um poeta.

Minha vida é um punhado de desejos mórbidos

Que gritam “Adeus!” a caminho do passado.

Vida eterna ao vento!

Pra soprar ao mundo meus lamentos...

Fria garoa sobre minha cabeça

Castanhos olhos guardados na gaveta.

Esmolando à carne um trocado à alma.

Vida eterna ao vento!

Pra que carregue com ele minhas culpas...

O meu destino é o passo marcado

Do casal de namorados

A caminho do parque

O meu destino é o sorriso

Que ela lhe oferece em pagamento

Da rosa amarela que agora é dela

Então, vida eterna à rosa!

Pois o meu destino é tão eterno quanto o dela.