Brota a Poesia

Quando acuada a Alma grita em versos
Dilacera a pele com a pena úmida de sangue
Molhada no tinteiro das lágrimas que jorram
Quando lembranças afloram na memória
E desfilam como espectros e fantasmas
Interagem em monólogo rude e desafiante

Quando o reflexo do espelho desnuda o tempo
Mostra as cicatrizes tatuadas na pele opaca
Descortina as portas secretas dos labirintos
Quando a solidão,  sem convite, senta a mesa,
Faz companhia à insônia e se cobre de sedas
A bússola aponta o norte, direção do tempo.

verita
Enviado por verita em 25/02/2012
Código do texto: T3518361