Lágrimas Ocultas

Me oculto nos véus do tempo,
Mergulho nas brumas da noite
Escondo os incontidos soluços
Que marcam a face ao relento
Às vezes, incontáveis vezes,
Me oculto da decrépita existência
Para não mostrar a crua verdade
Da dor que perpassa a Alma
Da nudez da vida no tempo
Quente, úmido, escorregadio
Por onde transita desgovernada
A vida, entre o amanhecer e o ocaso,
Algoz, a morte ceifa a parca felicidade
Uma soma de projetos em ciclos,
Que findam em lágrimas ocultas,
Enterradas em jazigo esquecido.

verita
Enviado por verita em 18/03/2012
Código do texto: T3560744
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