Quando se repete...

O que há de tão igual que não pode ser diferente,

E o que há de tão diferente que não pode ser igual?

Por que tantas pessoas confundem isso afinal,

Tratam semelhanças iguais a repetições e ai vai...

Na mais pura e ingênua máscara sobre os olhos...

Se isso aconteceu vai acontecer de novo, dizem...

E o processo é o mesmo de antes, de antes...

Que mente pobre é essa? Há fraqueza no olhar.

Querem justificar isso por sua visão, somente.

E ela cega a razão de maneira profunda e dura,

Pela explicação mais comum e mais barata.

O olhar egoísta de quem quer ser feliz

Despreza a razão, a mente, o humano.

Nossa antecipação do que virá... Interesse,

Pressupõe que tudo é igual pelos fatos,

E nega que nós queremos isso como um sonho,

Um mito, uma alegoria sem fundamento.

Os atos não podem explicar os atos por eles,

E isso é tão obvio que nada nega isso,

Nem a justiça, nem o direito dirão o contrário.

Como pode o futuro vir antes de estar?

E qual ordem diz que será igual senão a nossa.

Triste destino dos homens de cabeças de côco...

Repetem, mas não criam, vivem assim...

Quando se repete... Dizem semelhança.

TAS
Enviado por TAS em 18/03/2012
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