Quando se repete...
O que há de tão igual que não pode ser diferente,
E o que há de tão diferente que não pode ser igual?
Por que tantas pessoas confundem isso afinal,
Tratam semelhanças iguais a repetições e ai vai...
Na mais pura e ingênua máscara sobre os olhos...
Se isso aconteceu vai acontecer de novo, dizem...
E o processo é o mesmo de antes, de antes...
Que mente pobre é essa? Há fraqueza no olhar.
Querem justificar isso por sua visão, somente.
E ela cega a razão de maneira profunda e dura,
Pela explicação mais comum e mais barata.
O olhar egoísta de quem quer ser feliz
Despreza a razão, a mente, o humano.
Nossa antecipação do que virá... Interesse,
Pressupõe que tudo é igual pelos fatos,
E nega que nós queremos isso como um sonho,
Um mito, uma alegoria sem fundamento.
Os atos não podem explicar os atos por eles,
E isso é tão obvio que nada nega isso,
Nem a justiça, nem o direito dirão o contrário.
Como pode o futuro vir antes de estar?
E qual ordem diz que será igual senão a nossa.
Triste destino dos homens de cabeças de côco...
Repetem, mas não criam, vivem assim...
Quando se repete... Dizem semelhança.