Te espero
Ah...quem é esse vento que se esconde
atras de arvores mortas,
quem é esse rio que tem pressa de chegar ao desconhecido...
Dentro de mim um coração que sangra às vias da morte!
Deseja encontrar aquele
que o destino prometera.
Ah...invisivel criatura insana
que julga saber os passos da aurora incerta...
E que perpetua em si
as dores da morte que mais vez ainda
o beijo mortifero lhe põe a ofertar.
Se não bastasse ainda
as dores lancinantes do amargo pranto
julgar-se-ia que a cada medonho instante
o alvorecer reluzente
lhe transpassasse a alma,
fazendo assim,
toda sua magia,num bailar sem fim.
Ah...se te amo! Não me queira refutar a lógica
que sinto agora,em querer-te meu.
Se teu rosto é divino orvalho,
que mais me vale se essa sede trepudiante
vem servir-se do sangue meu...
Te espero...
ai que mentira estou eu a dizer!
Como posso esperar que um dia
aos meus lábios venha
e repouse neles
o que mais preciso!
Alma boba,irrascível...
sou eu assim na espera louca
de que um dia
teu beijo quente venha me saciar...
E a cada orvalho
que a noite fabrica,misturando aos beijos que iria te dar,
me sentiria amada,
e desejaria ainda que o vento que se esconde amedrontado
nadasse ao rio em direção à vida.
Mas,se digo que te espero
é porque sinto o medo a me desvanecer por dentro,
a me trucidar quieto...sem esperanças vãs...sem ideía alguma
do que seria o mundo e ao teu lado estar.
Te amo,te encontrei agora.As palavras somem e em seu lugar
agora,
há um vazio imenso me dizendo que este lugar é teu...
Meu coração calado torna-se cantante
mas não sei se um dia
será de felicidade que o pobre coitado irá bater.
Por enquanto sei que ainda é madrugada,
que o sol ainda não te trouxe a mim.
Mas por mais alguns intantes ainda
te espero ...e vou correndo atrás do vento
que continua ainda a se esconder
atrás da morta árvore