Preguiça da vida

Estar parado, ou ausente

fazer muito, estando rouco;

Mover-se desleixado, ou simplesmente

é querer tudo, e mais um pouco.

Preguiça da vida, seguro vosso desejo!

Nem que eu vire astuto diminuto

faço loucas voltas sem teu molejo.

Às vezes tenho graça em farrear;

noutras, sozinho, agarro filmes e devaneios, então;

Por hora quero me esbaldar;

noutras horas, sinto-lhe em dizer "não".

A preguiça não é minha, porque eu sou dela,

e sendo razoável marimbundo, neste mundo em declives de cor alva,

ilustro poesias em tonalidade sobre os lotes

e danço com nenhuma ressalva.

Alexandre Bonilha
Enviado por Alexandre Bonilha em 22/04/2012
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