Terra de ninguém....
Eternas palavras transcendem minha alma ao se debruçar sobre minha existência,
Calafrios mórbidos e nefastos transformam reflexos medulares em versus ,
Ignorado pelo sistema produtor de palavras torpe ao pé do ouvido, poluído, santa ignorância,
Incomodei a verdade que consome a pobre esperança.
Entrelaçado a moinhos e caminhos, veraneia luz da desilusão,
Abduz, o silencio que consome os pobres, afaga o mal que os olhos enxergam e cale as bocas que sussurram desordem,
O amor és verdadeiro quando o nome é dito em silencio.
Submundo cruel, irreal e amargo como féu, liberte as mentes descontentes, tristes vertentes produzidas pela escravidão sem escolha,
Nudez intelectual, agasalhado por alienações criando a recolha,
Nefestofoles do terceiro milênio tire a corrente que prende a humanidade,
Deixe que imaginem como és viver a verdade,
Deixe que a utopia seja criada,
Faça com que o sábio saiba saber,
E que as palavras sejam benditas em um novo tempo,
Onde o poder é merecido e não comprado,
Onde o saber é adquirido e não apadrinhado,
Onde o poeta é liberto e não acorrentado,
Onde os meus versos sejam lidos, e não ocultados....
Thiago Soares