Terra de ninguém....

Eternas palavras transcendem minha alma ao se debruçar sobre minha existência,

Calafrios mórbidos e nefastos transformam reflexos medulares em versus ,

Ignorado pelo sistema produtor de palavras torpe ao pé do ouvido, poluído, santa ignorância,

Incomodei a verdade que consome a pobre esperança.

Entrelaçado a moinhos e caminhos, veraneia luz da desilusão,

Abduz, o silencio que consome os pobres, afaga o mal que os olhos enxergam e cale as bocas que sussurram desordem,

O amor és verdadeiro quando o nome é dito em silencio.

Submundo cruel, irreal e amargo como féu, liberte as mentes descontentes, tristes vertentes produzidas pela escravidão sem escolha,

Nudez intelectual, agasalhado por alienações criando a recolha,

Nefestofoles do terceiro milênio tire a corrente que prende a humanidade,

Deixe que imaginem como és viver a verdade,

Deixe que a utopia seja criada,

Faça com que o sábio saiba saber,

E que as palavras sejam benditas em um novo tempo,

Onde o poder é merecido e não comprado,

Onde o saber é adquirido e não apadrinhado,

Onde o poeta é liberto e não acorrentado,

Onde os meus versos sejam lidos, e não ocultados....

Thiago Soares

Thiago Soares
Enviado por Thiago Soares em 15/05/2012
Código do texto: T3669154
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