AMOR
A labuta de cada manhã nos faz esquecer,
O proceder engana aos que adormecem em pé no coletivo,
Todavia o coração palpita...
Palpita em busca de algo...
De um sentimento que na verdade não existe em suma,
Que se esconde na duna dos desejos, dos lampejos inconsistentes,
A dor continua perene, rompe o cerne... Latente...
O sinto a cada dia ausente em mim,
Como se fosse um bálsamo derramado,
Consagrado ao destino perpétuo...
Perpetuando a espera...
Descendendo a esperança,
Que insensatez clichê!
Falar de algo tão retrô...
Uma palavra tirada dos dicionários...
Amor...
Substituiu-se por dor.