Um pensamento novo

Com suas indiferenças,

ele veio, viu e venceu.

Com suas imparcialidades,

Ele partiu para a grande vitrine.

Com suas neuroses,

ele contaminou a todos.

O pensamento racionalista e cartesiano

arrastou multidões em seu caminho.

Quem dirá que não vale um tostão furado?

Quantos Jungs e Dalís irão viver e morrer

Quantos Fellinis e Blavatskys irão despontar e fenecer

até que ele seja sepultado?

Nunca, grita o ortodoxo do racional.

Já foi tarde, diz o enunciador do novo.

Quando terá lugar um alento para a humanidade?

Dentro das físicas quânticas e das virtualidades do mundo digital?

O fluxo de novos paradigmas já faz morada no pensamento

e esse fantasma não nos deixa de assombrar

O subjetivo e as entrelinhas quando terão vez?

Senão quando o homem cessar de acreditar que

seu lado esquerdo do cérebro sabe tudo e pode tudo responder.

Senão quando tiver, estupefato, visto que nada

do que tinha certeza era nada mais do que uma partícula

do todo que os místicos já clamavam há muito.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 19/08/2012
Código do texto: T3837543
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