Eu não mudaria nada

E se eu pudesse me ver tempos atrás, e se eu pudesse ter essa certeza de tempos atrás nada seria tão bom quanto é hoje!

Aprendi com os meus erros que os meus erros eram acertos da vida, e que os atrasos eram apenas o ganhar de tempo, o viver do tempo.

Precisamos sofrer um pouco, sonhar um pouco, pedir muito para ter com sabor adocicado o tão desejado gosto do bom de ter algo que sempre desejou.

E se eu pudesse sentir tempos atrás o que hoje eu sinto, e se eu pudesse falar o que hoje eu recito e se ontem eu pudesse proclamar uma verdade até então não vivida eu estaria mentido, burlando o tempo, trapaceando o jogo da vida e não aprenderia a amar como se ama alguém com todo o amor que se pode doar.

Até as mínimas coisas que te foram dadas, até chegar a ti ileso (ou não), percorreram uma grande jornada.

Respeite as vindas, os quilômetros no espaço e tempo que algo pode ter voado para chegar, mesmo que sem saber que com muito amor a ti.

E se foi com empolgada missão de te fazer feliz sua responsabilidade dobrará e se tornará eterna!

E se eu pudesse, por acaso, voltar no tempo eu apenas me contemplaria, e me olharia construir minha própria historia, onde eu vivia achando que não sabia viver, achando eu que não estava vivendo; temendo a minha própria felicidade, eu repetiria de todas as formas, eu percorreria os mesmos caminhos, porque foi neles que encontrei o fim do dolorido começo, o pódio da minha grande corrida.

E se o acaso me deixasse reviver tudo novamente, eu faria tudo novamente em busca do mesmo fim, em busca dessa alegria.

Agora olhe para o lado e me veja solfejando notas de felicidade, olhando para trás feliz e vendo que tudo valeu à pena!