O SONHADOR
E de repente estava lá, sem direito de escolha.
Sozinho e fragilizado entre castelos e masmorras.
Num mundo pintado, com tom cinzento.
Seu corpo era abraçado pelo implacável vento.
O peso de sua consiência já não podia carregar.
Todavia continuava, mesmo sem ter algum lugar.
Apenas um sentimento lhe surgia,
a esperança de viver mais um dia.
Depois de tanto caminhar sobre trevas e solidão.
O andarilho se perguntou se haveria solução.
O frio já lhe rasgava a pele, tal qual skalibur.
"será este o meu fim? Ainda verei um céu azul...."
E se lembrou do seu passado.
Das boas risadas, das velhas cavalgadas.
E enfim, percebeu que ali mudava a estrofe.
Abandonava o sonho. Conhecerá a negra metamorfose.