O muro das lamentações

Se observares os castelos

Verás a ganância e a avareza

E aquela nobreza, a riqueza da alma

Inexiste por detrás destes muros

Por que estes muros que o teu nome chamas

Esconde também um desejo sólido

Que brota dos teus seios

E morre entre teus dentes brancos...

E os lamentos deste rei em apuros

Observa-se no ranger destes brancos dentes

E a sede destes indigentes

Verte o sangue em revolução, em espadas

E estes muros sentem a febre

Quando chega a primavera pela janela

Se sentem observados pelas pernas das moças

Que conseguem enganar as lamentações e as espadas

Polak / Hawrisson