Questionamentos
Questiono por que sou crítico, e sou crítico por que sei questionar
Não há em meu questionamento qualquer intuito político ou vontade de enganar,
Só paira um sentimento de indignação latente em meu peito
E a estranha sensação de que algo não está direito
Eu olho em volta e vejo o abismo,
Vejo tudo certo e ainda cismo de que algo está errado
Às vezes me questiono: Por eu tenho me questionado?
Vejo-me fatalmente aprisionado nas artimanhas de meu raciocínio
Eis que prossigo com os meus questionamentos e vão surgindo novas perguntas:
Qual o sentido da vida?
O que move a humanidade?
Que lição devia ser aprendida?
Qual a razão de nossa sociedade?
Quantos questionamentos devem ser feitos para que eu me sinta satisfeito?
Qual é meu grande dilema?
E afinal de contas por que eu escrevi este poema?
Questionemos ad infinito e chegaremos a um milésimo daquilo que chamamos de verdade
E mesmo assim já vale a tentativa de ver de novo alguma claridade.