Rebelião

Nada poderia acalmar

Ninguém poderia deter

A rebelião que se formava

Dentro da moça de rosto sereno

Ninguém conseguia notar

Ninguém poderia prever

As mudanças que estavam por vir

Motivadas pela raiva

Ela já não conseguia aguentar

Fingir satisfação ao viver

Coisas com as quais discordava

Mas que a ela eram impostas

Não a deixavam falar

Não tentavam entender

Ofendiam e acusavam

Sem saber de absolutamente nada

Para tudo havia censura

Desde roupa até músicas e livros

O livre-arbítrio lhe fora tomando

Até ter meios de se libertar

Vivia em prisão domiciliar

Sob regime ditatorial

Não tinha direito a ter opiniões

Deveria aceitar a manipulação

Mas agora nada poderia acalmar

Ninguém poderia deter

A rebelião

Debora Santos
Enviado por Debora Santos em 10/01/2013
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