Mágoa no Templo do Tempo

Mágoa no templo do tempo...
Sem lenço para enxugar as lágrimas...
Mágoa nas horas sagradas...
No crepúsculo sem escrúpulos...
no silêncio da madrugada.

Desferidas palavras temidas ecoam na noite...
Como açoite sem sorte, sem norte...
Sem destino num desatino, um leviano engano.
Vestida de sonhos bordados de ilusões...
Vão se decompondo feito sereno em pleno amanhecer.

O tempo é a borracha que apaga sem afagos.
Deixando borrões na alma e o ego magoado.
No templo sagrado do desejo sem beijo.
Desculpas pedidas não redimem a culpa.
Palavra é navalha cortando a carne, ferindo-a.

Como flecha atinge o alvo certeiro...
Desespero!
Destempero do ser tão amado...
Partilhando sonhos não realizados.
Desencontro é a constante conquista...
Desejos convertidos contidos na alma.


Vertente como uma torrente, faz perder toda a calma.
Na janela do templo, desse tempo da gente...
Saiu de repente seguindo sozinho...
Sumindo sem pista e da vista...
Pisoteando todas as flores que espalhou no caminho...

Dois corpos celestes, dois das estrelas...
Vagando nos espaço sem poder vê-las...
Sê-las!
Estrelas!
Sem se ver.
Son Dos Poemas
Enviado por Son Dos Poemas em 02/02/2013
Reeditado em 29/06/2013
Código do texto: T4119825
Classificação de conteúdo: seguro