Somos tão jovens

As coisas ao meu redor têm estado com um estranho tom sépio

como se o presente fosse uma lembrança da uma mulher já formada, independente, que chora

pela inveja do meu presente

da minha inocência, corpo e até mero brilho no olhar.

Ela inveja as mensagens românticas de rapazes, entre ínterins nos estudos vespertinos.

As fotos do mural de fotos, das amigas que ali estavam e gracejavam

que já criaram seu rumo, e não mais pertenciam àquele mural

E mais, já não sentia inveja, mas falta

de sentir-se, outra vez, intima o suficiente de seus ídolos, para criar-lhes apelidos;

“Caê”, “Zuza”, “Lis Gina”, “Chiquinho”, “Ruivo Reis”, “Malluzinha”,

e cantar a casa, ao invés de limpá-la, ao som de amigos desconhecidos.

E nessas curtas visões de futuro, agarro-me aos bichos de pelúcias,

sorrio aos rapazes e sussurro minha reza:

Faça durar.

Lu A
Enviado por Lu A em 14/02/2013
Reeditado em 16/12/2015
Código do texto: T4140616
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