O sobrevivente

Debaixo das flores que brilham

Existem dores que foram escondidas;

Eu tive que disfarçar os gritos da minha alma

Aumentando o volume da música

Eu tive que cobrir os ferimentos com sorrisos

E disfarçar as amarguras com simpatia;

Nas sombras e luzes que vivi

Perambulando entre verdades e mentiras

Descobrindo a mim mesmo olhando para os outros

Revirando as fontes do meu pensamento

Em busca do entendimento da única pessoa que eu não vejo sempre

Mas que sempre convivo

Enfrentando um caminho que pensava conhecer

E percebendo que apenas enganei a mim mesmo

Durante o caminhar e durante o planejar.

As dores que pude suportar sozinho

Agora fazem parte da minha força

E no tempo em que estive no chão

Aprendi o que é se esforçar para sobreviver;

Ninguém sabe o caminho que percorri

Pois muitas das minhas pegadas já foram apagadas pelo silêncio

Enquanto andava, tomando açoites da solidão

Resistia imaginando o dia em que tudo aquilo terminar.

Mas eu ainda estou aqui.

Vivo.

Glal
Enviado por Glal em 29/04/2013
Código do texto: T4266068
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