O sobrevivente
Debaixo das flores que brilham
Existem dores que foram escondidas;
Eu tive que disfarçar os gritos da minha alma
Aumentando o volume da música
Eu tive que cobrir os ferimentos com sorrisos
E disfarçar as amarguras com simpatia;
Nas sombras e luzes que vivi
Perambulando entre verdades e mentiras
Descobrindo a mim mesmo olhando para os outros
Revirando as fontes do meu pensamento
Em busca do entendimento da única pessoa que eu não vejo sempre
Mas que sempre convivo
Enfrentando um caminho que pensava conhecer
E percebendo que apenas enganei a mim mesmo
Durante o caminhar e durante o planejar.
As dores que pude suportar sozinho
Agora fazem parte da minha força
E no tempo em que estive no chão
Aprendi o que é se esforçar para sobreviver;
Ninguém sabe o caminho que percorri
Pois muitas das minhas pegadas já foram apagadas pelo silêncio
Enquanto andava, tomando açoites da solidão
Resistia imaginando o dia em que tudo aquilo terminar.
Mas eu ainda estou aqui.
Vivo.