TUIA CHEIA


Ao sentir o vento frio
Sibilando nas quebradas
E vendo as nuvens no alto
Dispersas e deformadas
Tive um vago pensamento
Que iria perder meu tempo
Pelas sementes plantadas!

Um desânimo me tomou
De fazer a plantação
Certamente as sementinhas
Não sairiam do chão
Pois o sol quente e o vento
Traziam ao meu pensamento
Fracasso na produção

Mas lembrei-me todavia
Das escrituras sagradas
Onde um POETA escreveu
Palavras por Deus guiadas
Com tal lembrança, plantei
No tempo certo seguei
Minha tuia ficou lotada!


COIMBRA "O PEREGRINO DE LUZIRMIL"