A MÃO DA POESIA


Mão  que insana canta e versifica,
Punho errante  que  dilacera almas;
Que  busca   guarida  em   rabiscos
Deixados por glórias ou dissabores.
Mão trémula, e por vezes  oprimida.
Mão  que  acasala   lembranças  idas;
Que busca moradia em lábios  nunca
Visto ou sentido...
Mão regida por  versos  sustenidos;
Que  labuta  em   noites   nuas... que
Traveste-se  em  ode  quase vencida
Pela a timidez do tempo.
Mão arguta, que em sonante versejo
Faz-se   esteio   perpetuo,  a   socorrer
A boca  mórbida   da tristeza humana.
Mão, que do poeta se faz guia.






Vantuilo Gonçalves
Enviado por Vantuilo Gonçalves em 23/07/2013
Reeditado em 24/07/2013
Código do texto: T4400726
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