Temor
Se há uma coisa que temo
É morrer e deixar meus versos
Presos nas folhas dos meus cadernos
Quero gravá-los, cantá-los
Recitá-los um a um,
Torná-los eternos
Neles têm versos que ninguém viu
E provavelmente nunca vai ver
Onde falo dos amores, das flores, da vida
E até há um em que falo de você
Se acaso eu morra, lhe peço
Com carinho, leia verso por verso
Que guarde contigo o que achar de valor
Que jamais reproduza meus versos de dor
Que leve os bons e felizes no peito
E os ruins, leve ao meu leito