Ao poeta III e IV
Ao poeta III
A vida de um poeta não é com uma caneta na mão,
É comum estar em um ônibus e ter inspiração.
Ah, vida bandida!
Me rouba a poesia nos momentos mais oportunos para ela!
Ah, vida bandida!
Socar-lhe-ei a face ofendida. A minha e a dela!
Nem é dia de escrever, hoje é uma terça-feira,
Mas a feira é fácil fazer. Traga mamão e uma lata de ameixa !
O melhor lugar para poetizar é onde as faces e o Face não podem lhe ver.
Vou sentar em meu trono com caneta e papel na mão sem rimar e escrever!
Ao poeta IV
O poeta tem um cachorro fedido, tem uma pulga atrás da orelha,
As vezes meio chato, na maioria carrapato, mas sempre enchendo o saco.
Eles odeiam nos ler, e pedem para não ouvir.
Preferem as canções de amor, que pouco falam de amor.
Apenas falam de amor de várias noites e de várias baladas,
Esqueceram as badaladas do sino quem variam no peito!
Do sentimento que foi feito de poucas palavras!
Trocam o "tum, tum" pelo "Tussssstu tsssstu"
Os beijos molhados, pelos beijos babados de babas alheias!
Que ame várias vezes, mas ame intensamente toda vez que amar!