Ao poeta III e IV

Ao poeta III

A vida de um poeta não é com uma caneta na mão,

É comum estar em um ônibus e ter inspiração.

Ah, vida bandida!

Me rouba a poesia nos momentos mais oportunos para ela!

Ah, vida bandida!

Socar-lhe-ei a face ofendida. A minha e a dela!

Nem é dia de escrever, hoje é uma terça-feira,

Mas a feira é fácil fazer. Traga mamão e uma lata de ameixa !

O melhor lugar para poetizar é onde as faces e o Face não podem lhe ver.

Vou sentar em meu trono com caneta e papel na mão sem rimar e escrever!

Ao poeta IV

O poeta tem um cachorro fedido, tem uma pulga atrás da orelha,

As vezes meio chato, na maioria carrapato, mas sempre enchendo o saco.

Eles odeiam nos ler, e pedem para não ouvir.

Preferem as canções de amor, que pouco falam de amor.

Apenas falam de amor de várias noites e de várias baladas,

Esqueceram as badaladas do sino quem variam no peito!

Do sentimento que foi feito de poucas palavras!

Trocam o "tum, tum" pelo "Tussssstu tsssstu"

Os beijos molhados, pelos beijos babados de babas alheias!

Que ame várias vezes, mas ame intensamente toda vez que amar!

Igor Improta
Enviado por Igor Improta em 31/10/2013
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