images?q=tbn:ANd9GcSvfUzl-hpoWxKBGlad-NGfO-uyfggLd_pOO3ELUy0sRM6IBu_Xow

Do lado "paraíso"
 
 
Há mesa farta permanentemente,

Abraços e sorrisos na cara dessa "gente",


Música ao vivo alegrando o ambiente,

Móveis sempre novos, trocados anualmente.

Veículos modernos que podem até voar,

Há roupas de marcas, perfume francês,

Salários polpudos no final do mês.


Possibilidades para frequentar os melhores ambientes,
diferentes formas de lazer é 
possível buscar.

Há contas diversas guardando tesouros,

Há jóias no pescoço, nos braços, nas orelhas,

Desperta atenção, há que se admirar...

Pois ontem não tinham, eram igual aos outros,

Hoje esbanjam, pensando que quando morrerem,

o acumulado vão poder carregar.

Há também olhares de descaso, não duvide, não!

Sobra irresponsabilidade para com a "nação".
 

Do lado “prejuízo”

 
images?q=tbn:ANd9GcRMSg7nrocS8s1r5J1TJ7I9XyodKeshW9XBPpzmXlTh-OdrFg5rug

Há escassez de "pão",

Falta reais para o aluguel,

Para a água e a luz e até o botijão

Dívidas antigas no comércio, esperando,

Há calçados e roupas surradas,  às vezes

recebida através de doação...

O lazer se resume no “sentar” nas calçadas,

Jogar conversa fora, olhando a estação.

images?q=tbn:ANd9GcRptu2k_SrN3mHqkN2Vx0thX6H7CXgNRKGQygqr1EtDQXGkXfcNkg
Veículos por aqui "é" uma bicicleta,

Com pneus carecas e freios antigos,

De aros enferrujados e câmaras remendadas,

Ou se anda de moto taxi, quando não dar para ir a pé...

O jegue e cavalo não existem mais,

morar na cidade tem lá seus "problemas",

Onde é impossível criar animais.

A água não chega, apenas os canos estão

cheios de ar,

images?q=tbn:ANd9GcQY4YLvwM0YEhRR01ON1YK1QqDcRt-F4ZSCl4h7K3NYiFQZ0tuY
Precisa andar alguns quilômentros, com baldes

pesados para transportar...

A água chega dois dias por semana,

Vem em carros pipas, mas às vezes também de

açudes ou poços nas várzeas, sem nenhum

tratamento que possa indicar seu uso...

Há problemas de saúde, sem condições para

poder tratar...

Mas no lado prejuízo o que é mais dolorido 
é a cultura, que para "eles" não há...

images?q=tbn:ANd9GcRcRYdFHLs8saKdqKySlERgXDwZ0AYWdElFetGNGjwzQS1Fv_E
Isso empobrece mais que não ter dinheiro,

faz "deles" sujeitos dependentes do "meio",

incapazes de refletir... "onde podem ir"!


Isis


Pobres culturalmente e desprovidos de consciência política, não sabem lutar por direitos e ainda convivem de forma harmoniosa com o lado paraíso, e pior: há quem seja “capaz” de tecer elogios.
Fazer o quê?


Bom dia!

Feliz e abençoado feriadão para você e sua família!




 
Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 15/11/2013
Reeditado em 16/11/2013
Código do texto: T4571852
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.