SONHOS QUE NÃO SÃO MEUS...

De repente senti saudades da vida.

Falei com Pedro e resolvi descer.

No caminho encontrei uma criança.

Perguntei para onde ia, mas não soube me responder

Passei por jardins com muitas flores,

Mas não tinha pássaros.

Entristeceu-me profundamente.

Desviei meus passos

E uma pergunta surgiu na minha mente:

Será que lá alguém ainda lembra-se de mim?

Com certeza diriam:

Sinto saudades...

Desviei as esperanças e surgiu a minha frente:

Cidades pequenas de ruas estreitas,

Feitas de pedras enormes e outras de areia.

Altas calçadas, crianças nuas

E longe um sino tocava.

Passou ao meu lado uma gestante

Mas não me cumprimentou.

Não me chateei e segui meu caminho.

Ouvi algo e parei. Alguém rezava.

Meu Pai? Minha mãe? Meus irmãos?

Não, não sei ao certo.

Com certeza um padre em seu sermão.

Desci escadas e pensei na chegada.

Apressei meus passos, vi nuvens escuras.

De repente ouvi choro, era de criança

E alguém perguntou: Aonde vais?

Não respondi, talvez não fosse comigo.

A estrada era longa, não havia chegada.

Parei na incerteza do meu destino e ouvi vozes.

Toquei o meu lado e não me sentia.

A voz era a de Pedro

E eu ainda dormia.

Lúcio
Enviado por Lúcio em 28/11/2013
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