Incontinência Afetiva

Acho que foi chuva demais...

Latência demais...

Premência!

Afetiva incontinência!

Opressiva espera

Desconfigurando a primavera...

Despiu a quimera

E suspendeu a festa.

Choveu demais, sim!

Tanto tempo sem sol, sem dó...

Preciso de uma manhã ensolarada,

Daquelas, tipo apaixonada!

Estou a meio palmo,

Cantando baixinho,

Abrigando-me em cada verso deste ninho...

Calmo.

Quero sentir a vida voltar,

Terminar de me preencher

Para melhor valorizá-la,

Melhor vivenciá-la...

Respeito por demais o viver

Para vivê-lo de qualquer jeito.

Há uma delicadeza palpável em meu peito,

Que se recusa a se submeter às convenções.

Não aceita grilhões.

Seu voo é imprevisível.

Posso apenas afirmar

Que me faz sempre enamorar

Pelo incrível!

O Universo espera mais de mim,

Por isso, vivo me reescrevendo, assim...

Antes de um inevitável fim,

Quero saborear um sonoro SIM!

Maria Gadú quebrando tudo em Lamento Sertanejo:

http://www.youtube.com/watch?v=eXJ-VM2ocAM

Presenteie lirismo neste natal:

cbs263000@hotmail.com

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 13/12/2013
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